#MondayBlog

COMO TUDO COMEÇOU – A História do Cinema no Brasil

Livro branco com icones de cinema

Olá!

É sempre agradável falar de temas que aquecem nossos corações e como você bem sabe, nós da Prospecto somos apaixonados por cinema e por toda a indústria cinematográfica.
Nossa corretora foi criada pelo desejo de nossa fundadora em unir duas paixões, o seguro com o audiovisual.
E hoje muitos anos depois, podemos compartilhar um pouco do nosso conhecimento técnico e experiências de mercado como você. Que grande privilégio!

Hoje inauguramos aqui no nosso #MondayBlog um quadro que aparecerá de tempos e tempos, intitulado “Como Tudo Começou”.

E como não poderia deixar de ser, nosso post inaugural desse novo quadro traz a história da chegada do cinema no nosso país, assim como quais ondas o cinema agitou aqui em nossas terras desde o seu primeiro dia até hoje, 2022.

Preparado? Então vamos que lá vem história!

A história do cinema no Brasil tem início apenas 7 meses após a primeira exibição no mundo ter acontecido, lá na França pelos irmãos Lumière. No dia 05 de novembro de 1896 o belga Henri Paillier aluga uma sala no Rio de Janeiro e exibe 8 curtas-metragens utilizando seu omniographo para pessoas da elite carioca. Naquela época os filmes eram curtos e captavam pessoas se movimentando, paisagens e pequenas situações corriqueiras.

O interessante é que nós não celebramos o dia 05 de novembro como o dia do cinema nacional aqui no Brasil, como é de costume nas outras nações. Ao redor do mundo o dia do cinema é considerado como o dia no qual houve a primeira exibição cinematográfica, mas o Brasil sempre inovando considera como nosso dia a primeira filmagem ocorrida em terras brasileiras, e isso só aconteceu alguns anos mais tarde.

Segundo algumas fontes, o italiano Affonso Segretto estava chegando ao país a bordo do navio Brèsil e aparentemente filmou a Bahia de Guanabara com seu omniographo. Infelizmente não temos nenhum registro desse fato, e ao que tudo indica essa filmagem teria acontecido no dia 08 de junho, mas o importante é que uma data foi escolhida, como base na primeira captura de imagem em movimento, e ficamos com o dia 19 de junho como dia oficial do cinema nacional!

O cinema chega no Brasil e no mundo em seus primeiros anos, como uma nova tecnologia, causadora de deslumbre. No início não se usava o cinema para contar estórias. No Brasil, por exemplo, a primeira manifestação de filmagens aconteceu como uma ferramenta de registros de acontecimentos sociais, como as festas de famílias ricas, ou ações políticas, como foram utilizadas as famosas cavações, que eram filmes de propaganda encomendados.

Um ano após a primeira exibição no país, inaugura-se a primeira sala de cinema, intitulada de Salão de Novidades Paris, e com o passar do tempo, várias outras salas foram abertas.

O primeiro filme feito no Brasil tem o nome de “Ancoradouro de Pescadores na Bahia de Guanabara” e só sabemos que esse filme existiu e foi exibido devido a recortes de jornal contando sobre sua exibição. Como todo profissional de audiovisual sabe, a película é um item muito delicado, inflamável e frágil e fácil de se perder a imagem.
Centros de preservação de filmes antigos devem seguir uma série de rígidas políticas para conseguir preservar seu acervo, tais como constante uso de ar-condicionado e cuidados com exposição à luz e equipamentos com radiação, por exemplo. Sobre esse filme, temos 1 segundo desse filme em nosso arquivo nacional, todo o resto se perdeu.

Com o passar dos anos, o cinema nacional começou a ganhar asas e as pessoas passaram a experimentar mais, contando estórias, fazendo curtas, e até ficção. Um desses filmes é chamado de “Os estranguladores” de Antônio Leal, que contava a cena de um crime que havia se tornado muito popular em meados de 1908, e ele pode ser considerado não só a primeira ficção como também o primeiro longa-metragem do cinema brasileiro. Infelizmente, esse longa também se perdeu.

Em 1930 após a 1ª Guerra Mundial, os Estados Unidos passam a dominar nosso cinema, por influência em grande parte de um acordo entre os estúdios americanos e nosso governo da época. Esse acordo determinava que produções norte-americanas não precisavam pagar taxas alfandegárias para entrar aqui.

E a partir dessa época começou a “invasão” da cultura estrangeira na nossa cultura através do cinema.

Até 1929, aproximadamente, não havia filmes com som embutidos, o que acontecia era que os filmes eram mudos e havia sempre uma banda ou orquestra acompanhando a exibição dos filmes, mas os atores não falavam.
Tudo isso muda em 1929, com a chegada do som em nosso cinema! E isso trouxe um pouco de vantagem para nosso cinema nacional, pois os filmes estrangeiros, precisavam ser dublados, pois não eram filmados em português, obviamente.
Nossos filmes tinham maior aceitação diante da língua e o custo. O filme brasileiro era mais barato para se produzir.
O primeiro filme sonoro brasileiro foi uma comédia de nome “Acabaram-se os otários”.

A partir de 1930 nós temos um grande investimento sendo feito no cinema nacional através da criação de estúdios e produtoras, como a Cinedia e a Vera Cruz. Sendo a Vera Cruz um dos maiores cases do cinema Brasileiro, que produziu cerca de 8 longas por ano em seu curto período de vida. É muita produção em 5 anos!

Infelizmente a Vera Cruz faliu por não conseguir equiparar seus gastos de produção com seus resultados financeiros de exibição.

O cinema brasileiro pela fase da chanchada focando no apelo popular, e em seguida a era do cinema novo chegou, onde tivemos a famosa frase “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”.

Depois disso entre 68 e 70 tivemos o cinema marginal, que tinha uma pegada mais underground, no qual o objetivo era fazer filmes de baixo custo e mais experimentais.

Com a chegada da Embrafilme, o governo passa a ter um papel mais direto na produção do audiovisual, o que pode ser considerado uma faca de dois gumes. Por um lado, o incentivo financeiro é importante e por outro, segundo os críticos, existe o perigo de controle do material sendo criado.

A ajuda do governo ao cinema aconteceu em vários outros países e não foi coisa só do Brasil. A Embrafilme foi uma empresa criada para cuidar do nosso cinema, então filmes estrangeiros para entrar no Brasil pagavam à Embrafilme, que usava esse recurso para dar incentivo a produções nacionais.

Os anos 70 foram marcados com a pornochanchada, esse segmento da história do cinema brasileiro é muito peculiar, onde a comédia foi misturada com a sensualidade. Esses filmes eram baratos, e foram produzidos na “boca do lixo” onde hoje é a cracolândia, local onde estavam os principais estúdios naqueles dias, e havia uma obrigatoriedade de fazer cinema nacional por conta do governo de Getúlio Vargas.

A Lei do Curta em 1974 é outro marco da nossa história, com a obrigatoriedade de sempre se exibir um curta antes do longa, e isso se traduziu em motivação para os produtores criarem novos materiais. Esse foi um exemplo de como o curta pode ser uma ferramenta de público muito interessante.

A idade média do cinema brasileiro aconteceu na Era Collor, somente um filme foi lançado naquela época. Nessa época não só as poupanças foram confiscadas, mas a Embrafilme e outras empresas de audiovisual foram extintas.

Após esse tempo, temos a retomada do cinema brasileiro, com a criação da Lei do Audiovisual e da Ancine, nessa época tivemos o primeiro filme pós a era sombria “Carlota Joaquina”.
Também foi nessa época que nasceu a Globo Filmes, que realmente investiu no cinema nessa época.

Os filmes mais marcantes da época da retomada são Cidade de Deus, Carandiru e Tropa de Elite.

E, finalmente, chegamos a pós-retomada, com 127 longas sendo lançados em 2013.
A pós-retomada marca a consolidação do cinema brasileiro, nesse período tivemos a obra de “Minha Mãe é uma Peça”, campeã de bilheteria e o fenômeno de as salas de cinema com exibições de filmes nacionais com mais de 1 milhão de espectadores.

E, nós da Prospecto, acreditamos que vamos ver incluídos nos livros de história, a influência dessa pandemia que estamos vivenciando em nosso cinema.
Mas como essa história ainda está sendo escrita, acreditamos que o que vai acontecer será uma expansão interessante do nosso cinema, com a implementação da Lei de Paulo Gustavo, e também a criação de conteúdos inclusivos, e na exibição de filmes sendo ampliada para o virtual e não somente em salas de cinema.
Acreditamos que muitas coisas emocionantes chegarão com a amanhã no nosso cinema nacional!

Esperamos que você tenha curtido saber um pouco sobre a rica história do nosso cinema!

Te esperamos para o nosso próximo #MondayBlog.

Tenham uma ótima semana, apaixonados!

Prospecto Seguros


AVISO LEGAL
Esse post foi criado através de pesquisa em websites, sob a lei de direitos autorais "Uso Justo", uma vez que os materiais de pesquisa se encaixam em assuntos de conhecimento público.

Saiba mais:
Vida e Acidentes Pessoais
Eventos
Produção Cinematográfica
Erros e Omissões
Equipamentos
Drones